ZURICH CHESS CHALLENGE 2014 - 1a RODADA

Zurich 2014

Suíça - 30 de janeiro a 4 de fevereiro

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Começou o Zurich Chess Challenge 2014, categoria FIDE XXIII, a maior da história do ELO. Destaque para o campeão do mundo, Magnus Carlsen e o número dois Levon Aronian. A melhor partida do dia foi a que Carlsen jogou contra Gelfand. GM israelense jogou muito corretamente a abertura ... mas sabemos que com Carlsen  o jogo só começa quando chega a metade. 

Carlsen ganha Gelfand numa difícil partida, onde o campeão mostrou toda a sua capacidade inventiva e uma precisão de cálculo impressionante.

O GM Miguel Ilescas comenta a partida. 

Zurich Chess Challenge 2014 | Emparceiramento

Round 1	30 January	15:00 CET		Round 2	31 January	15:00 CET
Carlsen	1-0	Gelfand		Gelfand	-	Caruana
Aronian	1-0	Anand		Anand	-	Nakamura
Nakamura	½-½	Caruana		Carlsen	-	Aronian
Round 3	1 February	15:00 CET		Round 4	2 February	15:00 CET
Aronian	-	Gelfand		Gelfand	-	Anand
Nakamura	-	Carlsen		Carlsen	-	Caruana
Caruana	-	Anand		Aronian	-	Nakamura
Round 5	3 February	13:00 CET
Nakamura	-	Gelfand
Caruana	-	Aronian
Anand	-	Carlsen

O MELHOR DE KASPAROV (IX)

O PODEROSO ATACANTE

Na Olimpíada de Manila Kasparov jogou um impressionante xadrez, somando 8,5 de 10 e ganhou o prêmio de brilhantismo por esta partida contra o sólido enxadrista Pedrag Nikolic que não resistiu ao soberbo ataque de Kasparov.

Kasparov no auge da sua carreira, como campeão mundial, levou a equipe da Rússia ao título máximo e ganhou também a medalha de ouro no primeiro tabuleiro

O GM Amador Rodriguez comenta esta partida.

RONIN

Guerra Fria acabou, como resultado, agencias secretas dos EUA e União Sovietica afundaram. Ex-agentes agora usam suas habilidades para trabalhar como mercenarios por dinheiro que são pagos para todo tipo de serviço, consegue o trabalho quem dar o valor mais alto. Neste meio, estão Sam (Robert De Niro) e sua equipe. Estes recebem o trabalho de roubar uma maleta que está sendo transportada na França. A principio, parece fácil, mas logo vira uma luta para sobreviver uma série de armadilhas, confrontos, riscos de traição ao grupo, e incriveis cenas de perseguição; na tentativa de concluir o trabalho e receber o pagamento.

A LUTA DO BISPO CONTRA O CAVALO (5)

PLANOS PARA JOGAR CONTRA O CAVALO

1. Abrir o jogo para ativar o bispo: 

     1.c4 dxc4 2.bxc4...                        2...Td7 3.Tb1

O plano para abrir o jogo é geralmente utilizado quando um bispo requer mais espaço operacional. É realizado por meio de avanços de peões para serem trocados pelos do adversário, a fim de abrir diagonais para o bispo poder atuar.  

2. Ataque ao rei: 

Este plano prevê um ataque ao rei adversário, em que geralmente as peças pesadas e peões do lado mais forte participam , junto com um bispo.

Em situações em que os bispos ou peças pesadas visam o rei do oponente , cuja única proteção é seu abrigo de peões, o lado mais forte tem excelentes chances de ataque fulminante.

3. Transição para o final de jogo:

                  Exemplo A                                                                 Exemplo B                                                  Exemplo  C

O lado do bispo está particularmente interessado nessa transição se existem peões em ambos os flancos ou em flancos opostos, dada a possibilidade de criar um peão passado e a facilidade do bispo em apoiar os dois lados mais que o cavalo. Se os peões adversários estão no mesmo flanco (veja o exemplo A), o lado mais forte tem uma chance mínima para criar um peão passado, portanto, posições deste tipo geralmente podem ser consideradas equilibradas ou iguais. 

Se os peões adversários estão em flancos opostos (veja o exemplo B), a vantagem de um bispo é esmagadora - ele avança os seus próprios peões em um flanco, enquanto dificulta o avanço dos peões inimigos no flanco oposto.

Se tem peões em ambos os flancos (veja o exemplo C), a força de um bispo é muito significativa, pois é capaz de atacar os peões do oponente em ambos os flancos simultaneamente ou proteger os seus peões e atacar os peões adversários  no flanco oposto. Isto em muitos casos leva a uma situação em que o adversário está sobrecarregado com a proteção de seus peões e se vê forçado a ceder um deles.

4. Restrição ao cavalo:

Restringir as casas boas ao cavalo no centro e lentamente diminuindo seu espaço.

Fischer tem grandes partidas com exemplos modelos de bispo melhor que cavalo. Selecionei mais três para ilustrar os planos para jogar contra o cavalo.

Partida acima comentada em inglês.

A TÉCNICA DE LEVON ARONIAN

No torneio que está acontecendo na Holanda, "TATA STEEL CHESS 2014", o jogador Levon Aronian ganhou duas partidas que se destacaram, a primeira na 4a rodada contra Nakamura, onde apresentou um final de cavalo contra bispo e a segunda na 9a rodada contra Karjakin em um final de torre. Em ambas Aronian passou da abertura com brancas em ligeira vantagem e rapidamente após simplificações no meio jogo levou para o final, fazendo valer sua grande técnica e ganhando brilhantemente.

Aronian está sobrando no Tata Steel Chess 2014 e prenuncia como o favorito para ganhar o próximo torneio de candidatos em março.

O GM Renier Vázquez comenta a partida acima.

O MI Michael Rahal comenta a partida acima.

A LUTA DO BISPO CONTRA O CAVALO (4)

QUANDO O BISPO É SUPERIOR

As oito condições mais frequentes em que o bispo é superior ou dominante : 1) Nas posições com mobilidade de peões e simplificadas, com linhas e diagonais abertas, o bispo é levemente superior ao cavalo. 2) Os bispos podem se mover e continuar a dominar um determinado ponto, enquanto que os cavalos que não podem contar com um apoio em sua ação, geralmente não servem como peça defensiva nos finais, porquanto ao serem desalojados, deixam sem apoio o peão que eles defendiam. 3) Os bispos são muito superiores nos finais de reis e peões, quando existe igual número de peões, porém desequilibrados em ambos o flancos, por exemplo: quatro contra dois na ala de dama, e um contra três na ala do rei. Nesses casos, o bispo aumenta sua ação pela possibilidade de apoio aos avanços do peão, sem comprometer sua ação defensiva. 4) Quando nos finais de peões e reis se possui um bispo, assegura-se uma notável vantagem. Uma exceção, porém, é quando existe apenas um peão no tabuleiro, pois, nesse caso, o que acontece geralmente é um empate (como já foi mencionado anteriormente). 5) Nos finais de partida de bispo e peão contra cavalo, ganha-se em quase todas as posições em que o rei inimigo esteja atrás do peão que pretende coroar-se, pois o cavalo não pode mover-se sem se descuidar da zona de avanço do peão. 6) Nos finais de bispo e peão contra cavalo, quando o referido peão é o da torre, o que ocorre geralmente é que o cavalo não consegue conter o avanço do peão, porque o cavalo precisa ser sustentado e, nessas condições, nem sempre o rei pode sustentá-lo e então o bispo pode "obrigar" o cavalo a se mover e, conseqüentemente, deixar de conter o avanço do peão. 7) O bispo sozinho contra cavalo e peão pode deter o avanço do referido peão, se este for da dama ou do rei, e o rei estiver a quatro casas de distância do peão. A causa disso é que há duas diagonais amplas para o bispo evitar o avanço. O único procedimento que existe, para o bando que tem o peão, de ganhar é obstruir a ação do bispo, interpondo o cavalo. 8) Novamente no caso de bispo contra cavalo e peão, é mais difícil para o bispo conter o avanço do peão, se este for do flanco (do bispo, do cavalo ou da torre).

Fischer no auge de sua criatividade enfrentou, em Vancouver o Grande Mestre Ucraniano Taimanov pelo match de candidatos em 1971. Fischer venceu por 6 a zero. Deste match selecionei duas partidas clássicas em que a luta do bispo contra cavalo foi simplesmente sublime. 

O GM Amador Rodriguez comenta o final da partida acima.

O GM Amador Rodriguez comenta o final da partida acima.

No match final de candidatos entre Fischer contra Petrosian, realizado em Buenos Aires em 1971, teve uma grande partida em que Fischer consegue com sua estupenda técnica, ganhar um final onde o bispo era dominante em relação ao cavalo.

O GM Amador Rodriguez comenta o final da partida acima.