sexta-feira, 29 de julho de 2011

UMA OBRA PRIMA DO XADREZ POSICIONAL

 UMA JÓIA DE KARPOV
 
Karpov nesta partida mostra sua brilhante técnica
de dominação
de Bispo Bom contra Bispo Mau


GM Francês Joel Lautier
  

Karpov Anatoli - Lautier Joel [D45]

Biel, 1992

[MI. Antônio Rocha / Paulo Sérgio de Oliveira.]

Anatoly Karpov provavelmente estava inspirado pela beleza da perfeição do funcionamento dos relógios suíços quando bateu Lautier nesta partida. Os seus lances 18 e 27 são componentes marcantes desta obra prima. 1.d4 d5 2.c4 c6 3.Cc3 Cf6 4.e3 [Para evitar a variante "Noteboom" 4.Cf3 dxc4 5.e3 b5 6.a4] 4...e6 5.Cf3 Cbd7 6.Dc2 [A alternativa mais jogada é 6.Ad3 dxc4 7.Axc4 b5 8.Ad3 a6 9.e4 c5 10.d5 c4 como em muitas partidas jogadas atualmente.] 6...Ad6 7.Ae2 0-0 8.0-0 Te8 9.Td1 De7 10.h3 Karpov faz um lance de espera abrindo uma brecha para seu rei, esperando as pretas definirem por onde sairá seu bispo dama, através da ruptura "e5"ou via "b7". [A partida Hubner x Kasparov, 1992 seguiu com 10.e4 dxe4 11.Cxe4 Cxe4 12.Dxe4 e5 13.Ag5 Df8 14.Ad3?? (o correto era 14.Dh4 ) 14...f5 15.Dxf5 Cf6 ganhando a dama.] 10...b6 11.e4 Cxe4 12.Cxe4 dxe4 13.Dxe4 Ab7 14.Af4 Tad8 15.Axd6 Dxd6 16.Ce5 Cxe5? Um erro quase imperceptível que causará a perda da partida graças à maestria de Karpov. [Era melhor 16...Cf6 seguido de Dc7 e c5.] 17.dxe5 Dc7
18.Af3 É muito instrutivo a partir de agora observar como Karpov joga para evitar a jogada libertadora "c5" das pretas. Esta partida constitui-se um excelente modelo do Tema em questão "Bispo Bom contra Bispo Mau". Se as pretas fazem "c5", então quem fica com o "Bispo Mau", são as brancas, devido a sua colocação do peão em "c4". 18...Aa8 19.Txd8 Txd8 20.Td1 Txd1+ 21.Axd1 Dd8 22.Af3 Dd2 Um jogador menos experiente possivelmente consideraria a partida como favorável às pretas e jogaria 23.De2 para tentar igualar. É realmente notável ver como Karpov aproveita os mais mínimos e ocultos recursos da posição. As pretas ficaram com uma peça mau colocada em "a8" produto da debilidade "c6" já identificada após a abertura. 23.b3 Dxa2 24.b4 Da1+ 25.Rh2 Da6 26.Dd4 Dc8 27.c5 Nada poderia ser mais surpreendente. Qualquer um esperaria 27.b5 o que igualaria o jogo.

27...bxc5 28.Dxc5 a6 [28...Dc7 29.b5 com vantagem decisiva.; 28...Db7 29.b5 com vantagem decisiva.] 29.De7 Para controlar as casas essenciais da ala do Rei. Observe-se que apesar do peão a menos, são as brancas que jogam para ganhar devido à já mencionada superioridade do seu "bispo". 29...g6 30.h4 Início da etapa final. O problema em ter um "bispo mau"consiste: a) não poder atacar os peões adversários; b) Nosso contricante pode tomar ou atacar os nossos, imobilizando outras peças na defesa e c) Talvez o motivo mais grave de todos. O "bispo mau", não protege em nada a penetração do rei adversário no FINAL. É como se você jogasse a posição com uma peça a menos. Por outro lado, o peão de "b4", paralisa os peões "a6 e c6", valendo portanto por dois. Por isso, Karpov se dedica a atacar agora a ala do rei, com a finalidade de criar um peão passado, aproveitando assim a situação inteiramente passiva dos peões negros. 30...h5 31.Rg3 Db7 32.Dxb7 Axb7 33.Rf4 Rf8
34.Rg5 Re7 35.Ae4 Aa8 36.f3 Ab7 37.g4 Aa8 38.gxh5 gxh5 39.f4 Outro momento instrutivo, as brancas fortalecem primeiro sua posição, antes de capturar o indefeso peão de "h5". 39...Ab7 40.Af3 Aa8 41.Rxh5 Lautier não pode fazer nada útil contra o avanço do peão "h" das brancas. Uma jóia do xadrez posicional. 1-0

segunda-feira, 25 de julho de 2011

FISCHER DERRUBA O "TIGRE DE AÇO"

UM NOCAUTE COMPLETO!
Fischer - Petrosian em Buenos Aires

Em Buenos Aires, 1971, Fischer aos 28 anos, volta a ser "o gênio imbatível"


Na sétima partida do match Fischer vence impecavelmente!



Fischer,Robert James - Petrosian,Tigran V [B42]

Candidatos Final - Buenos Aires (7), 1971

[Pinto, C]

1.e4 c5 2.Cf3 e6 3.d4 cxd4 4.Cxd4 a6 Esta variante da defesa Paulsen, se tornou popular nas mãos de Spassky e Fischer trata de mostrar que o lance a7-a6 é uma perda de tempo. 5.Ad3 Cc6 6.Cxc6 bxc6 já que as pretas não têm o cavalo a jogada a7-a6 se tornou supérflua. 7.0-0 d5 8.c4 a jogada de Fischer resulta lógica: já que as pretas perderam um tempo na abertura, é necessário abrir rapidamente o jogo. 8...Cf6 [no estilo de Flhor, dos anos trinta, a continuação 8...dxc4 9.Axc4 Dxd1 10.Txd1 Cf6 11.Cc3 Ac5 12.Ag5 e5 e o peão débil c6, torna-se útil, defendendo a casa d5.] 9.cxd5 cxd5 10.exd5 exd5

inesperadamente se abandona a sua sorte. Agora a posição adquire um caráter aberto, e se pode dizer que as brancas têm vantagem em desenvolvimento. [>=10...Cxd5 , como indicou Polugaievsky; 10...Dxd5 11.Cc3 Dd7 mantendo controle da casa e4 e dando a posição um caráter semicerrado. Pode ser que a jogada Dxd5 obrigue as brancas a tomarem novos caminhos nesta velha variante.] 11.Cc3 Ae7 12.Da4+!
muito boa jogada. Em caso de 12....Ad7, 13.Dd4, as brancas transladam a dama com proveito a casa central. Petrosian oferece o sacrifício da qualidade, pois as brancas preferem passar a um final ganho. [12.Ae3 0-0 13.Ad4 Ae6 14.Te1+/=] 12...Dd7?! [12...Ad7 13.Dc2! (13.Dd4 0-0 14.Ag5+/=) 13...0-0 (13...d4 14.Ce4 Cxe4 15.Axe4 Tc8 16.Dd1
^) 14.Ag5!+/=] 13.Te1! [13.Ab5 axb5 14.Dxa8 0-0 15.Ag5?! Ab7 16.Da5 d4 17.Axf6 Axf6 18.Cxb5 Axg2! as pretas obtém uma perigosa iniciativa, agora o jogo já há passado a um prosaico final, onde as pretas estão próximas a uma difícil defesa.] 13...Dxa4 14.Cxa4 Ae6 15.Ae3 0-0 16.Ac5 típico jogo de Fischer. Desde logo ele considerou a variante [16.Cb6 Tab8 17.Axa6 Ad8 18.Ca4 d4 e a iniciativa é das pretas, pois as duas continuações possíveis (Ac5 e Cc5), Fischer escolhe a do texto. porquê? Porque é a mais dinâmica. em caso de ; 16.Cc5 a5! 17.Ad4 Axc5 18.Axc5 as brancas têm o par de bispos, pois as pretas tiveram tempo de fazer a jogada a6-a5, porque as brancas perderam tempo. Na partida as brancas tiveram tempo para fazer a jogada b2-b4 e fixar a debilidade do peão a6. ] 16...Tfe8 17.Axe7 Txe7 18.b4!+/- Rf8 19.Cc5 Ac8 20.f3 Fischer aqui não quer perder tempo: já que as pretas querem trocar a torre, então a torre da dama permanece na sua posição inicial! 20...Tea7
se até agora as pretas têm levado felizmente a defesa, aqui deixam escapar uma boa oportunidade. [>=20...Txe1+ 21.Txe1 Ce8! 22.Rf2 Cc7 23.Re3 Re7 24.Rd4+ Rd6 depois do translado do cavalo a c7, o pior a passado para as pretas.; 20...Ce8 21.Txe7 Rxe7 22.Te1+ Rf8] 21.Te5! as brancas atam o cavalo a defesa do peão d5, para não permitir a manobra Cf6-e8-c7. 21...Ad7 22.Cxd7+ Fischer não perde a ocasião para introduzir no jogo a torre da dama. 22...Txd7
23.Tc1 Td6 em caso contrário seguiria 24.Tc6, e a pressão das brancas aumentaria, inclusive não se poderia jogar g7-g6! 24.Tc7 Cd7 25.Te2 g6 26.Rf2 h5
aqui todavia se pode organizar um contra jogo, por exemplo: [26...Tb8 27.a3 a5 28.b5 a4 a falta de plano das pretas permitem as brancas criar no futuro a deteriorização da posição das pretas, mediante a ameaça de ativar o rei] 27.f4 restringe a possível atividade do cavalo preto. 27...h4 28.Rf3 f5 salva o peão de h4, mas debilita seriamente a sétima horizontal. 29.Re3 d4+ afastar o rei branco da casa central d4, pois abre a diagonal a2-g8 ao bispo branco. 30.Rd2
30...Cb6 equivale a uma capitulação, pois no campo das pretas já há demasiados pontos débeis. 31.Tee7 Cd5 32.Tf7+ Re8 33.Tb7 Cxb4 34.Ac4 as pretas se rendem. Não há defesa contra o mate ou grande perda de material. Nesta partida é difícil reconhecer Petrosian, pois Fischer foi explendido. 1-0




segunda-feira, 18 de julho de 2011

AUTOCRÍTICA DE UM GRANDE MESTRE

DEFENDENDO A DEFESA ALEKHINE


GM Lev Alburt, defensor incondicional da Defesa Alekhine

GM Ljubojevic -
castigou a ousadia de Lev Alburt



Ljubojevic - Alburt,Lev [B04]

Aberto de Nova York, 1985

[Alburt,Lev]

Durante quase vinte anos tenho respondido a 1.e4 com 1...Cf6, a chamada Defesa Alekhine. Entre os grandes mestres, sou o único há fazê-lo exclusivamente em 99% dos casos. Uma aproximação tão exclusiva a uma abertura tem suas vantagens, como também seus inconvinientes. A favor de meu método, poço afirmar que, ao jogar esta abertura tantas vezes, tenho tido a ocasião de conhecê-la a fundo. Sei o que tenho de evitar e o que buscar nela. Não me assusta nem sequer ter de defender variantes claramente inferiores, se sei como manejá-las. Em outras palavras a experiência é frutífera. Pois miremos agora a outra cara da moeda. O maior perigo que pode me acontecer é que ao fazê-lo, pise em uma mina - quero dizer, uma variante de laboratório preparada durante dias ou meses antes de nosso encontro com o adversário. Entretanto esta tática dá na maioria das vezes resultados contrários a os esperados. Pode, por acidente, escolher uma variante diferente da moderna, ou pode as vezes descobrir a dita mina com antecedência e contra-atacar com uma inovação teórica por minha parte. As vezes pode descobrir uma refutação diante do tabuleiro. As vezes basta obter a igualdade, ou as vezes achar uma variante defensável - porém inferior; logo a minha grande experiência com a Alekhine me basta para minimizar o perigo, anulando -a, ou as vezes, ganhando se meu adversário arrisca em demasia. Finais deste tipo tem ocorrido na maioria das vezes em minhas partidas. 1.e4 Cf6 2.e5 Cd5 3.d4 d6 4.Cf3 Esta partida se jogou na penúltima rodada, quando eu era o líder com cinco vitórias (conseguidas nas cinco primeiras rodadas) e dois empates, mostra que Ljubojevic tinha meio ponto a menos do que eu. 4...g6 5.Ac4 Cb6 6.Ab3 Ag7 7.Cg5 e6 8.Df3 De7 [Em ocasiões anteriores, eu havia as vezes jogado 8...0-0 , leva a situação pouco clara após 9.Dh3 h6 e agora 10.Cf3 dxe5 (10...Rh7 permite as brancas repetir posições com 11.Cg5+ pois não sou de jogar para empatar na Alekhine) 11.dxe5 Cc6 12.Axh6 Cxe5] 9.Ce4 dxe5 10.Ag5 Db4+ 11.c3 Da5 12.Af6

[As pretas estão na corda bamba fazendo jogadas únicas, as brancas desfrutam do privilégio( ou da sorte?) de ter um arsenal de resposta em seu favor. No match disputado entre Gran Bretanha e Estados Unidos em 1985, Nigel Short jogou contra mim 12.Cf6+ Rf8 13.d5 e4 14.Dg3 Ca6~~ ( jogada tranquila, sugerida por Short depois da partida), a posição é pouco clara, aguda e equilibrada.] 12...Axf6 13.Dxf6 0-0 14.Dxe5 outras continuações não oferecem as brancas compensação pelo peão, por exemplo: [14.Dg5 Rg7 , ou a mais agressiva (14...f5!?) ] 14...Cc6?! [>=14...Dxe5 . O final que se apresenta depois 15.dxe5 Cc6 , ou inclusive (15...Ad7 (este movimento do bispo faz parte do plano achado por estudantes de doze anos chamado K. K. Karanja, um experto de Nova York) é ao menos igual, e provavelmente ligeiramente melhor para as pretas. Se esta avaliação é correta, então todo o plano "pacifista" que se inicia com 12.Af6 deve ser inadequado, ao menos sobre o ponto de vista da teoria das aberturas. Isto pode levantar a dúvida sobre todo o sistema que se inicia com 8.Df3, ou inclusive antes. De qualquer modo, na atualidade só rechaçar as propostas de empate neste final, proposto por jogadores da mesma força que eu, ou inclusive mais forte. Assim pois, neste momento da partida, podia escolher, e fiz a escolha equivocada. Depois de 14...Cc6, considerei tão só 15.Da5 Ca5, com bom jogo para as pretas (ou ao menos uma igualdade fácil) passando por alto o que as brancas poderiam jogar.) ] 15.Dxc7 Cxd4 16.0-0!!
[Eu havia somente analisado 16.Cbd2? . O sacrifício de uma torre por parte das brancas me surpreendeu muito. Depois de uma longa reflexão, decidi aceitar a surpresa, rechaçando a mais prudente 16....Cc6, com posição inferior, porém defensável.] 16...Cxb3 17.axb3 Dxa1 o melhor intento prático, já que, depois de [17...Df5 18.Cbd2+/- as brancas estão muito melhor.] 18.Cf6+!

Na avaliação desta posição diria que em 10(dez) partidas de GM da mesma força, as brancas chegariam a ter 7,5 pontos contra 2,5 pontos das pretas. Em uma posição aguda como esta, a distribuição de resultados previstos é de 7 vitórias para as brancas, um empate e duas vitórias para as pretas. 18...Rg7? [Na realidade, tivesse feito aqui à única jogada correta (18....Rh8), a vantagem estaria do meu lado, porque a maioria dos planos naturais e das jogadas naturais, inclusive aquelas mencionadas por Ljubojevic depois da partida, não garantiriam as brancas uma vida fácil. Por exemplo: >=18...Rh8 A) 19.Df4 Cd5 20.Dh6 Cxf6 21.Dxf8+ Cg8 22.Cd2 Da6 23.Ce4 b6 , ameaçando 24....Df1+! seguido de 25....Aa6+ e 25....Ab7.; B) A jogada mais forte das brancas aqui é >=19.De5 que deve ser contestada com 19...Ad7 20.Cxd7+ (A mais prometedora ideia das brancas é, sem dúvida, ignorar o bispo preto(depois de 19....Ad7) e continuar 20.Cd2 e 21.Cde4, buscando o ataque.) 20...f6 21.Cxf6 Tf7~~ , uma posição pouco clara surge, aonde a melhor possibilidade branca é jogar g2-g4-g5.; C) 19.Cd2 Da5 Não gostaria de repetir esta linha com pretas, pois hei de confessar que era minha melhor possibilidade naquele momento. A jogada que fiz, no entanto, conduz a uma perda forçada, sem muitos problemas para meu adversário.] 19.De5 Td8 20.Cd2 Dxb2 21.Cde4 De2 22.Cd7+ [As brancas têm uma posição totalmente ganhadora, com múltiplas boas continuações a seu favor. Aqui por exemplo, era possível 22.Ce8+ Rf8 23.Dc5+ Rg8 (23...Rxe8 24.Cf6#) 24.C4f6+ Rh8 25.Df8# . Pois a do texto é também aceitável.] 22...Rh6 23.Dg5+ Rg7 24.Df6+ Rh6 25.Ce5 Tf8 26.f3 De3+ 27.Rh1 Cd7 28.Cg4+ Rh5 29.Cg3# Esta apaixonante partida ilustra um ponto importante: não somente basta surpreender a seu rival com uma inovação na abertura, inclusive se é sólida como uma rocha. Há que seguir jogando bem(como fez Ljubojevic) e, para ganhar, necessita sempre de uma boa "colaboração" do adversário, o que eu dei ao meu rival e que me custou uns quatro mil dólares. 1-0




domingo, 10 de julho de 2011

UMA LIÇÃO DE MIKHAIL BOTVINNIK

UMA BATALHA HISTÓRICA

Botvinnik - O "Papa" do Xadrez Soviético

Alekhine foi o único campeão mundial
 a reter o título até a sua morte



Botvinnik Mikhail - Alekhine Alexander [D41]

AVRO - Holanda, 1938

[Mikhail Botvinnik]

1.Cf3 d5 2.d4 Cf6 3.c4 e6 4.Cc3 c5 No ano anterior no match revanche pelo campeonato mundial este sistema se produziu quatro vezes e foi empregado indistintamente por Euwe e Alekhine. Naturalmente escolhi a variante que leva uma posição característica do gambito da dama aceito por ser de meu inteiro conhecimento. 5.cxd5 Cxd5 6.e3 Cc6 7.Ac4 Parece que não se emprega esta jogada tão pronto se as pretas respondessem 7... Cf6; então o jogo se dirige a uma variante conhecida do gambito da dama aceito. É possível que meu adversário não percebeu esta circunstância e preferiu uma continuação menos tortuosa. 7...cxd4 8.exd4 Ae7 9.0-0 0-0 10.Te1 Esta posição pode ser atingida pelo Ataque Panov da Defesa Caro-Khan. As brancas aguardam até que as negras mostrem suas intenções em relação ao desenvolvimento do bispo da dama. 10...b6 É difícil dizer se este lance natural pode representar um erro decisivo. Com intenção de fianquetar o bispo da dama era obrigatório fazer previamente 10... Cxc3 11.bc3 e só agora 11... b6, como se encontra reiteradamente mais tarde na prática magistral em diversos torneios, por exemplo: Botwinnik - Ragozin partida de treinamento Moscou 1947. Também é possível 10... Cf6 10... Bf6 ou 10... a6. Agora as brancas trocam os cavalos em d5 depois do que o peão de e6 vai a d5 e o desenvolvimento do bispo por b7 perde o sentido e a posição do peão em b6 debilita sensivelmente a casa c6. 11.Cxd5 exd5

12.Ab5 Ad7 A troca dos bispos de casas brancas resulta inevitável e põe em relevo a insuficiência de 10... b6. Deveriam tentar 12... Ca5 que leva a um jogo complicado; seria desagradável a resposta 13.Ce5. A continuação 12... Ab7 13.Da4 Tc8 14.Af4, que se apresentou na partida NeiKirch-Sliwa (Sofia 1957) não aliviou a situação das pretas. 13.Da4 Cb8 [Em caso de 13...Tc8 14.Ad2 a6 (Se 14...a5 como na partida as brancas reforçam consideravelmente sua pressão posicional.) 15.Axc6 Axc6 16.Dxa6 ganhando.] 14.Af4 Axb5 15.Dxb5 a6 16.Da4 Mantendo o controle sobre c6 e ao mesmo tempo ameaçando 17.Axb8 e ganhar o peão de a6. As pretas só lhe restou como plano de jogo buscar as simplificações para aliviar sua precária posição. 16...Ad6 17.Axd6 Dxd6 18.Tac1 As brancas controlam ambas colunas abertas o que faz supor que uma delas será invadida solidamente. As pretas fazem lances forçados tentando alcançar defesa satisfatória. 18...Ta7

 [18...b5 19.Dc2 Cd7 20.Dc7 Dxc7 21.Txc7 Cb6 22.Tce7 e as brancas manteriam a vantagem] 19.Dc2! A coluna "c" é mais importante que a coluna "e", porque a casa e7 pode ser defendida no futuro com o rei e casa c7 mais distante do centro permanecerá vulnerável. 19...Te7 20.Txe7 Se 19... f6 então 20.Df5 com ameaça de trocar damas em e6 e passar a um final ganho. 20...Dxe7 21.Dc7 Dxc7 22.Txc7 A vantagem posicional das brancas no final é evidente. A torre sem oposição na coluna "c", em contra partida pela coluna "e" a torre preta não têm possibilidade de desenvolver atividade. Numa posição difícil Alekhine encontra as melhores respostas, desaloja a torre branca da sétima fila. 22...f6! 23.Rf1 [Naturalmente seria um erro 23.Tb7? por 23...Tc8! 24.Rf1 b5 25.a3 Tc1+ 26.Re2 Cc6 com possibilidades aproximadamente iguais, devido que as brancas perdem o controle da importante coluna "c". ] 23...Tf7 24.Tc8+ Tf8 25.Tc3! As brancas não têm vantagem material e a posição dos peões é quase simétrica, somente devido a diferente colocação das peças, as pretas encontram-se a beira do zugzwang. Assim por exemplo: 25... Cd7 25... Te8 25... Rf7 a torre branca regressa triunfante a casa c7 por isto as pretas estão obrigadas a um novo debilitamento na sua estrutura de peões avançando g e h para liberar o rei de sua defesa. 25...g5 26.Ce1 h5 Em resumo, isto conduz a que o peão de h5 seja um cómodo objetivo de ataque. Embora depois de 26... h6 27.Cc2 Rf7 28.Ce3 Re6 29.g4 com clara vantagem posicional para as brancas. Agora depois de 27.Cc2 Rf7 28.Tc7 Re6 as pretas reforçam substancialmente sua posição. 27.h4!

27...Cd7?! As pretas se encontravam diante de uma desagradável escolha, tomar ou não o peão? Nas variantes 27... gh 28.Cf3 ou 27... Rf7 28.Cf3 Alekhine temia a continuação 28.hg fg 29.Cf3 g4 30.Ce5 o que não se apresentava como convincente. Também contra 28... g4 29.Ce1 Re6 30.Cd3 Rf5 31.g3 Re4 32.Cf4 a posição das pretas resultaria crítica. [27...Rf7 28.Cf3 g4 29.Cg1 Te8 30.Ce2 Te4 31.Tc7+ Re6 32.Tc8 Cd7 33.Tc6+ Re7 34.Cg3+-] 28.Tc7 A primeira oportunidade que têm a torre branca regressa a sétima fila. 28...Tf7 29.Cf3 g4 30.Ce1 f5 31.Cd3 f4 Só assim se pode impedir que o cavalo branco ocupe f4. Embora, o peão de f4 necessita ser defendido constantemente. Para fixar antes de tudo esta debilidade considerada de suma importância , as brancas recusam ganhar um peão com 32.Cb4. 32.f3 gxf3 33.gxf3 a5 Necessário para prevenir o salto decisivo de cavalo a b4. 34.a4 Rf8 35.Tc6 Re7 36.Rf2 Tf5 37.b3 Rd8 38.Re2 Cb8 39.Tg6 [Em caso de 39.Txb6 Rc7 40.Tb5 Cc6 E ao preço de um peão as pretas reforçariam a posição de suas peças.] 39...Rc7 40.Ce5+- Ca6 Aqui a partida foi adiada e as brancas fizeram seu lance secreto, antes da continuação Alekhine me comunicou através de um intermediário que abandonava a partida se eu tivesse feito 41.Tg5. Eu não ia discutir este oferecimento e comuniquei a meu adversário que se ele achava que eu tinha feito um lance ruim então em realidade não devia fazer esta proposição, o qual lhe permitia infringir o segredo do lance. As brancas têm aqui mas de um caminho para a vitória. 41.Tg7+ [Na verdade 41.Tg5 é superior a Tg7+ por exemplo: 41...Txg5 (41...Tf6 42.Txh5 Rd6 43.Th7 Re6 44.Cd7 Tf7 45.Txf7 Rxf7 46.Cxb6 Re6 47.Cxd5 Rxd5 48.h5 Re6 49.d5+ Rf5 50.Rd3 Cc5+ 51.Rc4 Cd7 52.Rb5 Re5 53.Rxa5 Cf6 54.h6 Rxd5 55.Rb6 também com ganho matemático.) 42.hxg5 Rd6 43.g6 e as pretas não podem impedir a coroação.] 41...Rc8 42.Cc6 Vantagem decisiva. Agora as pretas já não podem manter por mais tempo a igualdade material. 42...Tf6 43.Ce7+ Rb8 44.Cxd5 Td6 [44...Te6+ 45.Rf2 Td6 46.Cxf4 Txd4 47.Rg3 Cc5 48.Cxh5 Cxb3 49.Cf6 Cc5 50.h5 Td6 51.Ce4 Cxe4+ 52.fxe4 b5 53.axb5 Tb6 54.Rf4 a4 55.e5 a3 56.Tg3 a2 57.Ta3 Txb5 58.Txa2 Rc7 59.h6+-] 45.Tg5 Cb4 A última esperança das pretas é o final de torres, porém sua posição é de tal ponto desfavorável que sem os cavalos tampouco se salvarão. 46.Cxb4 axb4 47.Txh5
47...Tc6 [Era desesperada 47...Txd4 por 48.Tf5! Rb7 49.Tf6 Rc7 50.h5] 48.Tb5 Rc7 49.Txb4 Th6 50.Tb5 Txh4 51.Rd3 E as pretas abandonam já que perdem mais um peão. Um dos finais, em que não há jogadas bonitas nem cálculos complicados; todos os lances parecem simples porém não é possível excluir nenhum deles, porque quase todos ficam unidos entre si solidamente e neste conceito se baseia toda a estratégia dos finais. Sem esta partida não me haveria atrevido, a empregar depois do torneio as conversações sobre o match pelo campeonato mundial. 1-0

segunda-feira, 4 de julho de 2011

MINHAS PARTIDAS SELETAS (21)


A DURA LIÇÃO DO ERRO!
MF Paulo Haro fortíssimo jogador paulista!

MF Carlos Pinto - "Aprendendo com a dura derrota!"


Haro,Paulo Cezar - Pinto,Carlos [A80]

Final do Campeonato Brasileiro
 Brasília (3), 01.2003

[Pinto,C]

1.d4 f5 jogo comumente a Defesa Holandesa em resposta a d4. 2.Ag5 Este é um dos Sistemas Anti -Leningrado e tem como finalidade usar como arma o bispo para atrapalhar o desenvolvimento normal da ala do rei das pretas: 2 ... e6 é prevenido e se 2 ...Cf6 permite 3.Axf6 desmontando a estrutura de peões das pretas numa real posição fechada. Onde o par de bispo cedido pela troca do bispo branco pelo cavalo preto em f6, mesmo dobrando os peões numa posição fechada, isto não oferece as pretas preocupação, pois dão a elas uma compensação sem problemas, por possuir o par de bispo. Na minha opinião eu tenho jogado poucas vezes esta posição e a prática tem mostrado que as brancas jogando corretamente têm melhores chances. Para evitar tal situação prefiro a moda atual da Leningrado que prepara primeiro 2...g6 e 3...Ag7, evitando a dobra de peões em caso de Axf6 num eventual 2...Cf6. Uma variante que esteve em moda a algum tempo e vem ganhando ultimamente grande parte de seu prestígio. [outras alternativas comumente usadas poderia ser : 2.Cf3 Cf6 3.g3 g6 4.Ag2 Ag7 5.0-0 0-0 6.c4 d6 7.Cc3 Cc6 8.d5 Ca5 9.Cd2 (9.Dd3 c5 10.b3 a6 11.Ab2 Tb8 12.Tae1 b5 13.Aa1 bxc4 14.bxc4 Tb4 15.Cd2 Cg4 16.a3 Tb8 17.Dc2 Ad7 18.e3 Ce5 19.Ce2 De8 20.Tb1 Aa4 21.Da2 Dd8 22.f4 Cg4 23.Axg7 Rxg7 24.Da1+ Rg8 25.Dc3 Dc7 26.e4 fxe4 27.Axe4 Cf6 28.Ad3 Ad7 29.Tfe1 Tfc8 30.Dc2 Txb1 31.Txb1 Tb8 32.Te1 Cb7 33.Cc3 Ae8 34.Cce4 Cxe4 35.Cxe4 Af7 36.Cg5 Cd8 37.f5 gxf5 38.Axf5 h6 39.Ah7+ Rh8 40.Dc3+ 1-0 Nikolac,J-Bertok,M/Jugoslavija 1969/Inf 07 (40)) 9...c5 10.Dc2 a6 (10...e5 11.b3 e4 12.Ab2 De7 13.Cd1 Ad7 14.Ac3 b6 15.f4 exf3 16.exf3 Tae8 17.Dd3 f4 18.g4 g5 19.Tc1 Df7 20.Tf2 Cb7 21.Te2 Txe2 22.Dxe2 Te8 23.Df1 Dg6 24.Cf2 Te3 25.Cd1 Palmason-Ghitescu,T/La Habana (ol) 1966/Inf 02/0-1 (46)) 11.b3 Ad7 12.Ab2 b5 13.h3 Tb8 14.Tab1 e5 15.dxe6 Axe6 16.Cd5 Axd5 17.cxd5 Tc8 18.Ac3 Dc7 19.Tfe1 b4 20.Aa1 c4 21.bxc4 Dc5 22.Tec1 Ce4 23.Axe4 Axa1 24.Txa1 fxe4 25.e3 Tfe8 26.Cxe4 Txe4 27.Dxe4 Cxc4 28.Tc2 1-0 Bozic,A-Friedgood/Nederland 1968/Inf 06 (28); 2.g3 Cf6 3.Ag2 e6 4.Cf3 d5 5.0-0 Ad6 6.c4 c6 7.b3 0-0 8.Aa3 Axa3 9.Cxa3 Cbd7 10.Dc1 De7 11.Db2 b6 12.Tac1 Ab7 13.Ce1 c5 14.dxc5 Cxc5 15.Cf3 Tfd8 16.cxd5 Axd5 Petrosian,T-Hoen,R/La Habana (ol) 1966/Inf 02/1-0 (35)] 2...g6

Preparando o fianquetto do bispo por g7 para capturar em um futuro eventual ...Cf6, Axf6. Mas alternativas como 2....d5, 2....c6 e 2....h6 podem serem jogadas perfeitamente. 3.Cd2 repetindo uma posição jogada por mim com o Autríaco Mestre Internacional Martin Neubauer dois meses mais tarde no Aberto do Brasil em Jaboatão, cuja lição desta partida com o Haro, ajudou-me a enfrentar o fortíssimo Mestre Internacional Austríaco e ganhar o Aberto do Brasil de Jaboatão. [3.Cc3 Ag7=] 3...Ag7 o Sistema Leningrado se caracteriza , fianquetando o Ag7. [3...h6 (4.Ah4 g5 5.e3 (5.e4 é uma estranha tentativa que se tem de conhecer a fundo.) 5...Cf6 6.Ag3 (6.Ae2 d6 7.Ah5+ Rd7 8.Ag3 e6=/+) 6...e6) 4.Af4 Cf6 5.e3 d6 6.Df3 g5 7.Ag3 e6=] 4.e4=/+ não era a opção melhor. [>=4.Cgf3!?=] 4...fxe4= também não era a resposta melhor. [>=4...Axd4 deixei passar a melhor alternativa que dariam as pretas um melhor jogo. A) 5.exf5 Axb2 6.fxg6 Axa1 7.Dxa1 Cf6=/+; B) 5.Tb1 h6 6.Ah4 g5 7.c3 (7.Dh5+ Rf8 8.Cb3 Ag7 9.Ag3 Cf6-+) ; C) 5.c3 Af6 6.Ae3=/+] 5.Cxe4 d5 6.Cc5 b6 7.Cb3 Cf6

Até agora os lances foram corretos de acordo com o caracter da posição e a igualdade está mantida, apesar do peão retrassado de e7, a posição do cavalo branco em b3, também é ruim e as pretas podem fazer o pequeno roque e melhorar o desenvolvimento. 8.Ae2 [8.Ad3 0-0=] 8...0-0 [8...Ce4 9.Ah4=; 8...a5 9.Cf3 a4 10.Cbd2 0-0 11.Ce5 Dd6=] 9.Cf3 Ce4 10.Ae3 [10.Ah4 a5=] 10...c5 [o lance 10...Cc6 tem o mesmo valor do jogado na partida, porém teria desenvolvido mais rapidamente outra peça controlando a casa central e5 e a qualquer momento poderia abrir o centro com e7-e5. 11.0-0 Dd6 12.Cfd2 Cxd2 13.Dxd2=] 11.c3 [11.dxc5 Axb2 12.0-0 Cc3-+] 11...a5 ainda não sei se era a alternativa mais chegada ao meu estilo. Outras alternativas deve-se considerar: [11...Aa6 12.0-0 (12.Axa6 Cxa6 13.De2 Dc8 14.0-0=) 12...Axe2 13.Dxe2+/=; 11...cxd4 12.cxd4 Cc6 13.Tc1 Dd6 14.0-0 Ag4=; 11...Cd7 12.Ab5 Tb8 13.0-0 c4 14.Cbd2 Cd6 15.Axd7 Dxd7 16.Te1 Cf7 17.Af4 Tb7 18.Ae5 Cxe5 19.Cxe5 Df5=] 12.a3= [12.Cbd2 cxd4 13.Axd4 Cf6+/=] 12...a4+/= [era melhor desenvolver com 12...Cd7 13.dxc5 Cdxc5 14.0-0=] 13.Cbd2
Momento de definição do centro e trocas de peões já vimos ser crucial na manutenção do plano (Método Dorfman). 13...cxd4 parece ser o melhor caminho 14.cxd4 Cc6 15.0-0= o equilíbrio está alcançado. [15.Cxe4 dxe4 16.Tc1 exf3 17.Axf3 Ab7 18.Axc6 Axc6 19.Txc6 Dd5 20.Txb6 Dxg2=] 15...Cd6 este lance deixa escapar uma simplificação de peças com plena igualdade. Veja: [15...Cxd2 16.Dxd2 Ca5 17.Tae1 Cb3 18.Db4 Dd6!= 19.Dxd6 exd6 20.Ag5-/+] 16.Tc1 De8+/= neste momento parece não haver bons lances para as pretas, mas também não há muito que esperar por parte das brancas, para tirarem qualquer proveito disto. [16...Ab7 17.Cb1=; 16...Ad7? 17.Cb1 Cc4 18.Axc4 dxc4 19.Txc4 Ca5 20.Tc3 Cb3 21.Ce5 Ta5+/-] 17.b4?! um lance totalmente inesperado e ao mesmo tempo duvidoso. 17...Ca7?+/= "... para trás mija a burra..."- termo chulo mas bem apropriado para o plano escolhido por mim. Deixo de aproveitar de igualar a posição com o lance do texto, mas achei que jogar pela casa b5 com os cavalos talvez fosse melhor, mas foi errado esta decisão, era melhor lutar pela diagonal com 17...Aa6 ou com melhores opções com 17....e6. [17...Aa6 18.Axa6 Txa6 19.De2=; 17...e6 18.Ad3 Ad7 19.De2 Cf5-/+] 18.Cb1

18.Ce5! Cab5 19.Cb1 Cf5 20.Axb5 Dxb5 21.Cc3+/=] 18...Ad7?+/= esta jogada não é coerente com o plano tomado na jogada anterior, quando joguei 17...Ca7. O correto aqui seria 18...Cab5 e se 19.Ce5 haveria um equilíbrio na posição. 19.Ce5 um bom posto para o cavalo! Agora as brancas estão melhores 19...Ab5 20.Cc3 o branco toma a iniciativa da partida. 20...Axe2 [20...e6 21.Axb5 Caxb5 22.Cxb5 Dxb5 23.Dg4=] 21.Dxe2 e6 na partida ainda existe um equilíbrio, mas os cavalos brancos se agruparam de forma melhor. A coluna "c" já pronta para ser explorada pela torre em c1. 22.Ag5 Cab5+/= Una jogada sensata [22...Tc8 23.Tfe1=] 23.Cxb5 o cavalo se sente bem em b5. 23...Cxb5 24.Dd3 Tf5?+/- agora com este erro as brancas ditam o jogo com manobras decisivas [manteriam-se no jogo as pretas se jogassem >=24...Cd6 25.Tc7+/=] 25.Cc6 Cxd4 [‹25...Txg5 26.Dxb5 Df7 27.f4 Tf5 28.Dxb6 Txf4+/-] 26.Ce7+ [26.Cxd4? Txg5 27.f4 Th5=] 26...Rh8 27.Cxf5 gxf5 [27...exf5 28.Tfe1 Db5 29.De3+-] 28.Ae3 Cb5?+- a fixação pela casa b5, foi minha ruína neste jogo, pois havia melhores planos para as pretas que não souberam explorar suas melhores chances na partida.Esta lição ficará guardada na memória para que não se repita o erro conceitual que tive, principalmente no momento crítico da escolha do lance 18...Ad7? Agora não há mais remédio para a minha posição. As brancas realizarão com lances naturais e claro a vantagem decisiva obtida até aqui. [28...Db5!? 29.Tcd1 Ce2+ 30.Rh1 Cc3+/-] 29.Axb6 Ab2 [29...Tb8 30.Ac7 Tb7 31.Ag3+-] 30.Tc2 Axa3 [30...Ag7 31.Tfc1+-] 31.Tc5 Ab2 32.Txb5 a3 [32...Rg8 não adianta 33.Ta5 Ag7 34.Te1 Txa5 35.bxa5+-] 33.Ta5 [>=33.Ad4+!? parece bastante fácil 33...Axd4 34.Dxd4+ Rg8+-] 33...Txa5 34.bxa5 [34.bxa5 Da4 35.Dd2+-; 34.Axa5?! a2+/=] 1-0