quarta-feira, 26 de setembro de 2012

UMA MENTE BRILHANTE


O filme Uma Mente Brilhante narra a história verídica do matemático John Nash que se revela um grande matemático desde a sua chegada à universidade. Talento reconhecido pela instituição, pelos professores e, até mesmo, pelos seus colegas (apesar da competição e da inveja que reina entre alguns deles). Além de sua genialidade Nash também é notado pelo seu estranho comportamento social. Mostra-se um verdadeiro desastre com as garotas e, um tanto quanto arrogante perante os colegas. O filme Uma mente brilhanteé baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash Jr., de Sylvia Nasar


    Durante seus anos de estudo, Nash buscou de forma obstinada, uma fórmula que o levaria a celebridade, buscava fazer algo novo e não apenas ensaios sobre o que já existia. Acabou criando-a ao opor-se ao conceito clássico de Adam Smith a respeito da competição (entendida como forma de estímulo para o avanço rumo a um objetivo, a uma lucratividade). Ele elaborou um conceito em que o essencial seria a colaboração do grupo para que todos conseguissem chegar a algum lugar, a um certo objetivo, a um lucro final.


    Nash teve sempre perto dele um amigo espirituoso, muito diferente de si, de nome Charles, que o estimulava constantemente em suas crises mais pesadas, nas quais parecia querer se esconder de tudo e de todos. O único que o compreendia nesses momentos era o bom e prestimoso Charles.



  Ao terminar o curso de matemática, devido as suas teorias e pelo seu brilhantismo na área John Nash foi convidado a trabalhar no MIT (Massachussets Institute of Technology) um dos mais conceituado centros de pesquisa de matemática e engenharia dos Estados Unidos, podendo levar com ele 2 de seus amigos (poderíamos imaginar Charles como uma escolha óbvia, no entanto,...).



    Além de suas pesquisas, foi convidado a dar algumas aulas, o que, para ele, foi um verdadeiro martírio já que as considerava perda de seu tempo e dos alunos também. Outra atividade, dessa vez instigante e interessante, também surgiu nessa mesma época. Foi aliciado para decifrar códigos para o governo, evitando que importantes mensagens soviéticas pudessem ser passadas através de inocentes matérias publicadas em jornais e revistas americanos para agentes russos infiltrados na América do Norte. Em suas mãos estava o destino da nação, ele poderia evitar a explosão de bombas nucleares nos Estados Unidos.



    Nesse mesmo período, conheceu sua esposa, Alicia, uma linda jovem que se sente seduzida pelo professor inteligente e bem sucedido. Marcante e decisiva em sua vida, Alicia será seu anjo da guarda a partir de então. A partir desse momento de suas vidas, revelam-se os grandes dramas da esquizofrenia de Nash. Grande parte do que Nash imaginava estar fazendo e algumas das pessoas importantes que viviam ao seu redor não existiam.



    Somente sua força e inteligência, junto com a dedicação de sua esposa poderiam permitir que Nash superasse as adversidades e viesse a ter uma vida normal, outra vez.



    Seu reconhecimento foi concretizado em 1994, quando ganhou o Prêmio Nobel de Economia.



    Uma mente Brilhante atravessa as décadas de 1950, 1960 e 1970, e nos mostra um pouco do clima aterrorizante que tomou conta dos Estados Unidos e do mundo por conta da Guerra Fria; Sentimos a necessidade que temos de contar com o apoio das outras pessoas, de sua solidariedade, mesmo quando nos achamos altivos e auto-suficientes; passamos a entender melhor o significado de estar do lado de lá de um autêntico e intransponível “Muro de Berlim” que é a esquizofrenia; entramos em contato com a teoria de Nash, que o auxiliou na superação de suas crises (graças ao trabalho conjunto do próprio Nash, de sua esposa e de alguns amigos).


Um parecer sobre Uma mente brilhante:


    O filme constitui uma boa introdução ao problema filosófico da natureza do conhecimento, na medida em que nem tudo o que John Nash conhece e acredita que faz é real. Muitos acontecimentos e pessoas são criações da sua mente, não saber o que é real ou fantasia provoca estranheza e dor. O conflito com a sua própria mente leva-o a descobrir e a aceitar que algumas das pessoas queridas que o acompanhavam há longo tempo eram apenas produto das suas alucinações.

    Ao abandonar a medicação, pois os neurolépticos reduziam, consideralvelmente, as suas capacidades intelectuais e físicas, John Nash recorreu à terapia cognitiva. Inicia, então, um processo de confrontação com as suas próprias fantasias para conseguir distinguir o delírio da realidade.

    Exemplo disso é a cena em que percebe, que se a sobrinha de Charles nunca cresce, logo não poderá ser real.

    O realizador faz com que o espectador, durante grande parte do filme, também não saiba, exactamente, o que é real e o que é fantasia do protagonista.

    A partir do que foi referido podem surgir questões do tipo:

- O sujeito cognoscente conhece uma realidade objetiva, distinta e separada dele?


- Ou conhecerá apenas representações por ele construídas do real?


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